http://vergaranunes.blogspot.com.br/2013/09/editoras-cia-das-letras-contexto-e-gen.html
http://vergaranunes.blogspot.com.br/2013/08/a-historia-de-davi-e-golias-recontada.html
elton
Militante do Movimento Cidade para Todos, que luta pelo livro acessível, está processando três empresas
15 de setembro de 2013 | 2h 04
JOSÉ MARIA MAYRINK - O Estado de S.Paulo
O Movimento Cidade para Todos, que reivindica
equipamentos e recursos de acessibilidade para facilitar a vida de
deficientes visuais, está lutando para obrigar editoras a vender versões
digitais de todos os livros disponíveis em seus catálogos.
Cegos são capazes de ler esses livros, independentemente do formato
em que são digitalizados, com um programa leitor de tela que transforma
as palavras em voz. É um passo além do Braille, sistema para leitura
tátil, de aprendizado lento e de distribuição limitada.
Cego, o psicólogo Naziberto Lopes de Oliveira, do Movimento Cidade
para Todos, está processando três editoras que, segundo seu advogado, se
negaram a lhe vender versões digitais de livros, sob a alegação de que o
pedido contraria a lei de direitos autorais.
Oliveira perdeu a ação em primeira instância, mas ganhou em segunda,
no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Como duas das três
editoras - Companhia das Letras e Contexto - recorreram, o caso será
julgado pelo Superior Tribunal de Justiça, em Brasília.
"Reconhecemos o direito do reclamante de comprar edições digitais e
não recorremos", declarou Francisco Bilac Pinto, advogado da GEN
Editorial Nacional, também processada. Já a responsável pelo setor de
direitos autorais da Companhia das Letras, Eliane Trombini, disse que,
por força de liminar, a editora vende livros digitais ao psicólogo. Na
Contexto, o diretor comercial Daniel Pinsky alegou que sua editora não
se nega a fornecer livros digitais.
O problema, segundo Pinsky, é que Oliveira insiste em comprar da
editora, em vez de procurar livrarias ou pedir os livros em
instituições. "Não questionamos a acessibilidade, mas ele está tentando
impor um modelo de negócio, forçando-nos a vender para ele", diz Pinsky.
Deficiente visual, o arquiteto Renato Barbato também enfrenta
dificuldades. "Se quiser consultar uma obra de arquitetura, tenho de
digitalizar as páginas e levar ao leitor de tela, algo demorado e caro",
afirma.
Editoras e instituições costumam encaminhar os cegos para a Fundação
Dorina Nowill, antiga Fundação para o Livro do Cego. "Foi uma iniciativa
de méritos fantásticos, mas que produz livros em quantidade
insuficiente - cerca de 150 títulos num País que lança entre 80 mil e
120 mil por ano", diz Barbato.
Além de defender o livro acessível, o Movimento Cidade para Todos
briga também pela adaptação das calçadas, poda de árvores, identificação
de ônibus nos pontos e instalação de semáforos sonoros.
Extraído de: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,grupo-pressiona-para-que-editoras-vendam--livros-digitais-a-cegos-,1074817,0.htm
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Para evitar constrangimentos, os comentários deverão ser aprovados, antes de serem publicados.